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Para ingressar no mestrado em direito, não cometa esses erros!

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Atualizado em março 10, 2020

ingressar no mestrado em direito

Ingressar no mestrado em direito é muito mais fácil se você driblar determinados equívocos. Muitos candidatos a programas de mestrado em direito cometem reiteradamente erros que tornam muito mais difícil de alcançar seu objetivo. E, graças a esses equívocos, realizar o sonho acadêmico de cursar uma boa pós-graduação pode ficar bem mais distante. No post de hoje, discutirei esses erros e como evitá-los para melhorar ainda mais suas chances de sucesso.

Antes, uma boa notícia. Qualquer um é capaz de evitar esses erros, desde que desenvolva alguns hábitos e adote uma abordagem mais estratégica de estudo e desenvolvimento de suas capacidades intelectuais. Vamos lá?

1. Não se preparar com antecedência para o processo seletivo de mestrado em direito

Os melhores projetos de pesquisa não são escritos em duas semanas.

Não são poucos os candidatos a programas de mestrado que me procuram às vésperas da entrega de seu projeto de pesquisa para auxiliá-los. Já recusei diversas propostas de mentoria por conta da falta de tempo hábil para desenvolver a proposta com a qualidade necessária.

O primeiro erro de muitos candidatos é preparar-se em cima da hora. Querer escrever o projeto a poucos dias da inscrição, ler todos os textos para o processo seletivo de uma vez só, não se dedicar a encontrar e refletir sobre o tema da dissertação – tudo isso leva muito tempo. Com isso, falta tempo de fazer tudo e o resultado não poderia ser diferente: a reprovação.

É preciso tempo – muito tempo – para desenvolver uma proposta adequada ao ingresso nos melhores programas de mestrado e doutorado em direito. Você precisa ter o domínio da literatura básica considerada adequada pela linha de pesquisa a que está se submetendo, bem como compreender o perfil da faculdade.

É preciso tempo para estudar para as provas de conteúdo (e muitas faculdades ainda hoje exigem). É importante buscar se tornar conhecido do corpo docente, cursando uma ou duas disciplinas como aluno especial (preferencialmente, nas turmas lecionadas pelo orientador que se deseja). É importante amadurecer o projeto de pesquisa, enquadrando-o nas linhas definidas pela faculdade.

Isso tudo leva tempo. Muito tempo. Quanto tempo? Eu diria que pelo menos 6 a 8 meses.

2. Preparar um projeto de pesquisa inadequado à instituição

De nada adianta ter o melhor projeto de pesquisa do mundo e ele não ser adequado ao programa desejado. E digo isso de experiência própria: na minha primeira tentativa de ingressar no mestrado, redigi aquele que considero até hoje o melhor projeto de pesquisa que já escrevi. Mas era inadequado à faculdade. E, por isso, fui eliminado na fase de exame do projeto de pesquisa. Por isso, é importante ter uma boa estratégia para evitar os erros que impedem você de ingressar no mestrado em direito.

Cometi o erro, mas aprendi a lição. Em todas as seleções posteriores, fui aprovado em primeiro lugar. E uma das razões foi que, a parti dali, sempre busquei observar as linhas de pesquisa, quem eram os autores mais estudados, ler os artigos publicados pelos professores da faculdade.

Portanto, evite a tentação de elaborar um projeto de pesquisa genérico. Se você deseja se ingressar no mestrado,  submetendo-se ao processo seletivo de duas ou mais instituições, escreva um projeto para cada instituição. Ou, no mínimo, reserve um bom trabalho de revisão para ajustá-lo às particularidades de cada processo seletivo.

3. Ouvir a opinião de todo mundo sobre seu projeto de pesquisa

É ótimo ouvir a opinião de outras pessoas – principalmente as mais experientes. O olhar do outro é sempre uma perspectiva importante para compreender melhor nossas próprias posições. A crítica justificada é sempre bem-vinda e é um ponto de apoio relevante para melhorar o projeto de pesquisa e elevar suas chances de ingressar no mestrado em direito.

Contudo, ouvir opiniões demais pode causar confusão. Tenha em mente que muitas pessoas querem apenas influenciar os outros e impor seu ponto de vista. Outras tantas têm receio de que uma pesquisa original possa ofuscar seu próprio sucesso e acabam recomendando cautela excessiva quanto ao tema a ser explorado. Evidentemente, ter cautela é sempre importante, mas não ao ponto de suplantar a originalidade de sua própria pesquisa.

Escute a opinião de outras pessoas qualificadas, mas use seu “filtro interior”. Escreva as críticas e busque avaliar se elas de fato são racionais e devem ser incorporadas ao projeto. Mas é um erro dar ouvido demais à opinião de terceiros. Lembre-se de que sua dissertação/tese é SUA, antes de mais nada.

4. Acreditar que todo processo seletivo de mestrado em direito é igual

Cada instituição tem uma seleção de pós-graduação própria. Em algumas, o projeto de pesquisa tem mais peso. Em outras, o contato prévio do aluno com a instituição pesa mais. Em outras instituições, que prezam mais pelo combate à endógena, esse fator é menos relevante (e, por outro lado, pesa bastante que o candidato tenha cursado sua graduação em outro lugar).

Há instituições em que há uma prova de conteúdo como parte do processo seletivo (como a USP) e, em outras, há apenas a exigência de apresentação de um ensaio ou de uma prova de interpretação de textos indicados no edital. As possibilidades são imensas. Em algumas instituições, o projeto de pesquisa é relativamente pequeno, com limite de 10-15 páginas. Em outras, não há qualquer limite ao tamanho do projeto.

É um erro, portanto, acreditar que estar bem preparado para um programa te qualificaria a participar de qualquer outro. Procure pessoas que já foram aprovadas no processo seletivo da instituição almejada e conversar sobre a experiência delas. Não conhece ninguém? Se você tiver conta no Facebook, procure pela página dos alunos da pós-graduação em direito da universidade e veja se é possível entrar em contato com algum aluno. Normalmente, é bem fácil conseguir o acesso. Seja educado e pergunte se alguém poderia ajudar. Sempre há alguma alma nobre disponível que pode ser fonte de informações preciosas.

5.  Usar o projeto de pesquisa como meio para extravasar seu viés ideológico

Outro equívoco muito comum é utilizar o projeto de pesquisa para divulgar uma ideologia.

É evidente que a ideologia está presente em qualquer ponto e que, como apontam epistemólogos como Thomas Kuhn, Bruno Latour (entre outros), não existe pesquisa inteiramente objetiva. É claro que a ideologia influencia na escolha de seu objeto de pesquisa. Se você for um marxista, provavelmente desejará pesquisar temas como desigualdade, como o direito pode ser utilizado para proteger determinados privilégios e etc. Se você for um liberal, provavelmente desejará pesquisar temas mais vinculados às liberdades fundamentais com um viés mais libertário e de liberação do potencial emancipador da economia, em detrimento de sua regulamentação.

Até aí, sem problema. O problema surge quando o projeto de pesquisa se transforma em mera reprodução ideológica, sem apresentar o problema adequadamente. Ou, pior, sem sequer dialogar com teorias alternativas. Esse é um erro capital, que pode acabar com as chances de aprovação.

Cite outros autores (especialmente os mais estudados pelo programa de pós-graduação), mostre que sua pesquisa não está isolada de outras possibilidades de abordagem. Refute, na medida do admitido na abordagem introdutória do projeto de pesquisa, as linhas de pensamento alternativas, com base no seu marco teórico. Mas jamais escreva como se suas ideias fossem uma questão de fé.

E você? Já cometeu algum desses erros? Gostaria de comentar outros equívocos que muita gente comete em sua tentativa de ingressar no mestrado ou doutorado em direito?

Minha missão é impulsionar seu sucesso acadêmico. Do projeto de pesquisa à tese de doutorado, ensino estratégias que facilitam o caminho de quem deseja seguir na carreira acadêmica.

Fábio Portela

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